O ex-namorado de Renata, do BBB12, disse que ela era ninfomaníaca, apesar da mineira ter negado e afirmado não ter feito sexo na casa. Ao se aventurar com mais de um homem durante o programa, surgiu a polêmica: será que ela é viciada em sexo? Mas, afinal, o que caracteriza uma pessoa ninfomaníaca? A ninfomania é um transtorno psiquiátrico e não existe explicação para a sua origem. Segundo o Código Internacional de Doenças, a ninfomania é classificada como uma compulsão, assim como o vício em comer ou beber. A sexóloga Patrícia Cardoso explica sobre a doença e seus possíveis tratamentos:
Quem pode ser caracterizado como ninfomaníaco?
A ninfomania se aplica somente às mulheres: os homens sofrem da chamada “satiríase”. O transtorno também pode ser definido como hipersexualidade e mostra um apetite sexual exagerado. “A ninfomania é quando o apetite sexual
exacerbado compromete as atividades cotidianas, causando prejuízos aos relacionamentos afetivos. A masturbação compulsiva, praticar o sexo sem proteção, rotatividade de parceiros, a ansiedade crescente e falta de satisfação sexual caracterizam o distúrbio”, afirma Patrícia. A mulher viciada em sexo apresenta comportamento compulsivo desde criança, só alterando o objeto escolhido.
O sexo é prazeroso?
Quando a mulher tem muitas relações sexuais, surge a dúvida: será que a atividade continua sendo prazerosa? “A ninfomania ou o desejo sexual hiperativo é um transtorno psiquiátrico. O prazer pode ser intenso no primeiro momento, mas logo é seguido de culpa, causando dor emocional. A pessoa não tem controle sobre os impulsos sexuais”, explica a sexóloga.
Tipos de tratamento
Quem sofre da compulsão por sexo deve procurar a ajuda de um psiquiatra. Porém, é bom ficar atenta: é diferente gostar de sexo e ser ninfomaníaca. “A diferença é a capacidade de controlar os impulsos sexuais. Quando não há esse controle, a pessoa passa a ser escrava dos próprios desejos”, conta Patrícia. O tratamento para o distúrbio envolve desde psicoterapia até tratamento psiquiátrico com prescrição de medicamentos inibidores do desejo sexual: “Há tratamentos combinados, aliando a terapia sexual com a adição de drogas. Vale ressaltar a importância da participação em grupos de apoio, como o DASA – Dependentes de Amor e Sexo Anônimos”, complementa a especialista.
Sexo saudável
Sexo é saudável, faz bem para a pele, para os cabelos e libera hormônios que relaxam o corpo e a mente. E será que existe uma quantidade “ideal” de sexo para cada um? “Não há uma quantidade ideal. Varia de pessoa para pessoa e de casal para casal. O que vai determinar essa normalidade é a capacidade de disciplinarmos nossos desejos e fantasias. Se isso ocorrer sem gerar depressão e ansiedade, não há motivos para preocupação. Uma coisa é carência, outra é dependência”, pontua a sexóloga.
Consultoria: Patricia Cardoso, sexóloga e autora do blog http://aflordapelesexologia.blogspot.com. E-mail para contato: patriciacardoso.sexologa@gmail.com Fonte:Papo Feminino