Praticidade é ponto positivo do e-commerce
O e-commerce - a venda de produtos pela internet - está crescendo graças à praticidade proporcionada. Desde o boom dessa sites nos moldes do famoso Net-a-Porter - criado em 2000, na Inglaterra, pela ex-jornalista de moda Natalie Massenet -, os executivos do mundo fashion enxergaram uma possibilidade de fazer negócios.
O e-commerce - a venda de produtos pela internet - está crescendo graças à praticidade proporcionada. Desde o boom dessa sites nos moldes do famoso Net-a-Porter - criado em 2000, na Inglaterra, pela ex-jornalista de moda Natalie Massenet -, os executivos do mundo fashion enxergaram uma possibilidade de fazer negócios.
Quem recentemente entrou no jogo é a empresária Alice Ferraz, com o lançamento do F*Hits Shops,
uma evolução de seu projeto de rede de blogs de moda. Para entender
melhor a venda virtual, Alice encomendou uma pesquisa que mapeou o
comportamento das consumidoras. Cerca de 1,5 mil mulheres, entre 18 e 55
anos, de diversas regiões do Brasil, participaram.
O resultado comprova que o ecommerce tem tudo para explodir. "Mais de 80% afirmaram fazer compras pela internet,
sendo 30% mensalmente", conta. Os dados animadores não param por aí: o
gasto médio por mês é de R$ 429, entre 21 e 46% do salário.
Outra novata no mercado é a loja Olook. Com direção de moda de Helena Linhares,
o site já conta com 1 milhão de consumidoras cadastradas. O segredo do
sucesso? Preços atraentes e novidades saindo do forno a todo momento,
bem ao estilo fast fashion. Diferentemente de outras lojas virtuais, a
Olook desenvolve suas próprias coleções, focadas em acessórios.
O
e-commerce também traz vantagens para quem produz. "Trata-se de um
mercado altamente técnico e competitivo, cuja principal vantagem é o
ganho de escala", afirma Alexandre Icaza, sócio-diretor da loja virtual Glamour e um dos homens por trás do sucesso da Sacks.
Ou
seja, em vez de as marcas venderem em uma só loja, em uma cidade, o
país inteiro (e até o mundo, em casos mais ambiciosos) vira um potencial consumidor.
O mercado parece estar realmente animado com os novos rumos. Icaza viu a
Glamour crescer 60% em 2011, com faturamento de R$ 15 milhões.
Quem também vai bem é a Shoes4You. Criada em setembro de 2011 por Olivier Grinda, a página, que trabalha com o modelo de assinatura, mostrou um crescimento de 400% entre novembro e dezembro.
Com o sucesso, surgem novos serviços, como é o caso do Click-à-Porter, agregador de lojas virtuais. Lá, o internauta pode ver mais de 30 mil produtos de sites diferentes.
É
claro que ainda existem muitos inconvenientes na compra virtual, como
não poder experimentar. No exterior, alguns e-commerces já oferecem um
provador virtual com a tecnologia da realidade aumentada:
a pessoa se posiciona em frente à câmera do computador, que sobrepõe
uma imagem da peça, oferecendo uma visualização (ainda rústica) do
caimento.
Por aqui, o OQVestir, criado em 2009, monta semanalmente look books, que ajudam a mostrar como as roupas vestem.
Outra dificuldade desse negócio é convencer grifes a participar. Icaza,
da Glamour, conta que, mesmo com o histórico de sucesso da Sacks,
ouviu muitas negativas. Ainda existem algumas marcas que têm como
política não vender pela internet. Mas isso vai acabar, diz, otimista.Fonte:Elle