Não adianta usar xampus “milagrosos”. É preciso isolar o foco do problema e tratar a área afetada com terapias combinadas
A queda de cabelo em mulheres é causada principalmente por
fatores genéticos. Mas outros vilões como o desequilíbrio hormonal, o
consumo de álcool e fumo, a deficiência de vitaminas no organismo e o
uso de determinados medicamentos são gatilhos para o problema se
manifestar em pessoas que já têm pré-disposição.
Os casos de calvície feminina deixaram de ser raros. “Nos últimos dez anos, aumentou em quatro vezes o número de mulheres que eu atendo. Elas já representam 45% das consultas deste tipo”, conta o médico Luciano Barsanti, especializado em tricologia, área da medicina dedicada aos problemas dos cabelos e do couro cabeludo.
De acordo com o especialista, autor do livro “Dr. Cabelo” (Editora Elevação), o estresse é atualmente um dos principais desencadeantes da calvície. O estilo de vida acelerado, comum para as mulheres modernas, detona o esgotamento físico e mental, e isso pode refletir na queda de cabelo.Diferente dos homens e suas famosas “entradas” na testa, a calvície nelas afeta outras áreas. “Ocorre mais no topo da cabeça. Além disso, geralmente a mulher tem a área frontal normal, com a perda de fios mais difusa”, aponta o cirurgião plástico Ricardo Lemos, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e um dos autores do livro “Transplante Capilar - Arte e Técnica” (Editora Roca).
Perder até 100 fios de cabelo por dia é normal, mas acima disso fica preocupante. “É fácil notar a diferença porque a família toda percebe e começa a reclamar dos fios espalhados pela casa: no chão do banheiro, no travesseiro e até no banco do carro”, esclarece a dermatologista Silvana Lessi Coghi, da Sociedade Brasileira Dermatologia.
A particularidade da queda deve ser analisada e investigada por um médico. “Não adianta comprar um xampu antiqueda, que não tem nenhuma comprovação científica de eficácia, e não tratar o problema de fundo, que pode ser uma anemia por falta de ferro no organismo ou um problema na glândula da tireoide, por exemplo”, explica Silvana.
Curiosamente, a preocupação excessiva com a forma física tende a causar dificuldades com os cabelos, como é o caso dos regimes restritivos. “As dietas indiscriminadas, sem acompanhamento médico, deixam o organismo pobre em nutrientes. Essa conduta afeta os fios, que podem começar a cair em excesso”, alerta Barsanti, que ainda revela um aumentado de calvície em pessoas que passam pelas gastroplastias, conhecidas popularmente como cirurgias de estômago.
Os tratamentos para queda de cabelo
“É possível tratar com medicamentos já disponíveis no mercado. Um exemplo é um hormônio sintético que vem sendo usado tanto para homens, como para mulheres, com bons resultados”, exemplifica Silvana. Os fármacos podem ser aplicados na área afetada ou ingeridos oralmente. Outra indicação de tratamento muito usada atualmente é associação de terapias. “Você associa os fitoterápicos, que são medicamentos vindos de plantas, com as novas tecnologias, como os eletroestímulos, que são pequenos choques indolores no couro cabeludo, que estimulam a multiplicação celular”, revela Barsanti. Em média, cada sessão terapêutica combinada custa por volta de R$ 380. Para um bom resultado, elas precisam ser feitas por seis meses consecutivos, sendo duas a cada mês.
Quando os tratamentos farmacológicos ou tecnológicos não atingem o resultado esperado, ainda existe uma última opção: o implante capilar. “Antes de tudo, é preciso examinar a área doadora de fios. Nem sempre a mulher tem na cabeça dela cabelos suficientes para implantar na região afetada”, pontua Lemos, que elucida ainda que no caso de não haver uma quantidade mínima necessária, a alternativa é usar próteses. Quem tem cabelos suficientes para tirar de uma área e colocar na outra terá que desembolsar entre R$ 10 mil e R$ 20 mil pelo procedimento cirúrgico. Uma novidade desse tipo de cirurgia é o implante com os fios longos. “Uma vantagem dessa técnica é que ela permite que os fios sejam colocados na mesma angulação e mesma curvatura dos já existentes, o resultado acaba sendo mais satisfatório”, constata Lemos.Fonte:UOL
Os casos de calvície feminina deixaram de ser raros. “Nos últimos dez anos, aumentou em quatro vezes o número de mulheres que eu atendo. Elas já representam 45% das consultas deste tipo”, conta o médico Luciano Barsanti, especializado em tricologia, área da medicina dedicada aos problemas dos cabelos e do couro cabeludo.
De acordo com o especialista, autor do livro “Dr. Cabelo” (Editora Elevação), o estresse é atualmente um dos principais desencadeantes da calvície. O estilo de vida acelerado, comum para as mulheres modernas, detona o esgotamento físico e mental, e isso pode refletir na queda de cabelo.Diferente dos homens e suas famosas “entradas” na testa, a calvície nelas afeta outras áreas. “Ocorre mais no topo da cabeça. Além disso, geralmente a mulher tem a área frontal normal, com a perda de fios mais difusa”, aponta o cirurgião plástico Ricardo Lemos, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e um dos autores do livro “Transplante Capilar - Arte e Técnica” (Editora Roca).
Perder até 100 fios de cabelo por dia é normal, mas acima disso fica preocupante. “É fácil notar a diferença porque a família toda percebe e começa a reclamar dos fios espalhados pela casa: no chão do banheiro, no travesseiro e até no banco do carro”, esclarece a dermatologista Silvana Lessi Coghi, da Sociedade Brasileira Dermatologia.
A particularidade da queda deve ser analisada e investigada por um médico. “Não adianta comprar um xampu antiqueda, que não tem nenhuma comprovação científica de eficácia, e não tratar o problema de fundo, que pode ser uma anemia por falta de ferro no organismo ou um problema na glândula da tireoide, por exemplo”, explica Silvana.
Curiosamente, a preocupação excessiva com a forma física tende a causar dificuldades com os cabelos, como é o caso dos regimes restritivos. “As dietas indiscriminadas, sem acompanhamento médico, deixam o organismo pobre em nutrientes. Essa conduta afeta os fios, que podem começar a cair em excesso”, alerta Barsanti, que ainda revela um aumentado de calvície em pessoas que passam pelas gastroplastias, conhecidas popularmente como cirurgias de estômago.
Os tratamentos para queda de cabelo
“É possível tratar com medicamentos já disponíveis no mercado. Um exemplo é um hormônio sintético que vem sendo usado tanto para homens, como para mulheres, com bons resultados”, exemplifica Silvana. Os fármacos podem ser aplicados na área afetada ou ingeridos oralmente. Outra indicação de tratamento muito usada atualmente é associação de terapias. “Você associa os fitoterápicos, que são medicamentos vindos de plantas, com as novas tecnologias, como os eletroestímulos, que são pequenos choques indolores no couro cabeludo, que estimulam a multiplicação celular”, revela Barsanti. Em média, cada sessão terapêutica combinada custa por volta de R$ 380. Para um bom resultado, elas precisam ser feitas por seis meses consecutivos, sendo duas a cada mês.
Quando os tratamentos farmacológicos ou tecnológicos não atingem o resultado esperado, ainda existe uma última opção: o implante capilar. “Antes de tudo, é preciso examinar a área doadora de fios. Nem sempre a mulher tem na cabeça dela cabelos suficientes para implantar na região afetada”, pontua Lemos, que elucida ainda que no caso de não haver uma quantidade mínima necessária, a alternativa é usar próteses. Quem tem cabelos suficientes para tirar de uma área e colocar na outra terá que desembolsar entre R$ 10 mil e R$ 20 mil pelo procedimento cirúrgico. Uma novidade desse tipo de cirurgia é o implante com os fios longos. “Uma vantagem dessa técnica é que ela permite que os fios sejam colocados na mesma angulação e mesma curvatura dos já existentes, o resultado acaba sendo mais satisfatório”, constata Lemos.Fonte:UOL